
Recife
Recife é cortada por rios, canais e diversas pontes ligam um bairro ao outro, é uma cidade encantadora, tinha muita vontade de conhecer a capital de pernambuco, sua riqueza cultural é interessantíssima. Eu, por exemplo, sou apaixonado por bandas musicais de lá que fazem uma mistura do rock com maracatu. Mas o que fazer em Recife? Para quem gosta de praia, a Praia de Boa Viagem é a mais badalada, vale demais conhecer sua linda orla, mas cuidado com os tubarões, há aviso do risco deles por toda a praia.

Praia de Boa Viagem
No Recife antigo, local que deu origem à cidade, um dos destaques está na Praça Rio Branco, o marco zero de Recife, ponto de onde a cidade nasceu e se expandiu. De lá, avista-se o parque das esculturas, de autoria do artista Francisco Brennand. Assim como Ouro Preto em Minas Gerais, São Luís do Maranhão, entre tantas outras cidades do período colonial, Recife tem várias igrejas belíssimas para serem visitadas e outros pontos turístico que valem a pena conhecer como a Casa da Cultura, Forte do Brum, Parque das esculturas de Francisco Brennand, Ponte Maurício de Nassau, Museu Arqueológico e Geográfico de Pernambuco, Museu do Homem do Nordeste, Museu Instituto Ricardo Brennand, Praça da República entre outros.

Torre do Brennand
Viagem por Recife
Nosso diário
18/01/2008 – Sexta-feira
Saímos de Maceió ás 10h30 e só chegamos em Recife ás 16h40. Foi uma viagem de ônibus terrível e bastante desconfortável, o ônibus foi parando em todas as cidades do litoral de Maceió e Pernambuco, até chegar em Recife. Os únicos passageiros que realizaram a viagem completa (de Maceió a Recife) foi eu e a Raquel e, para piorar, o ônibus não fazia paradas para lanche e ficamos com muita fome. Só parava para embarque e desembarque de pessoas.
Uma curiosidade da rodoviária de Recife é a distância do Centro da cidade, cerca de 20 quilômetros. Lá, finalmente comemos, hambúrgueres. Depois do nosso lanche, ligamos para Laura (membro do CouchSurfing Recife) perguntando se já poderíamos ir para sua casa. Ela morava no bairro de Iputinga e nos hospedou em sua casa durante uma semana. Por telefone, disse que ia nos buscar, pois queria tomar um caldo de cana em um lugar que ela gostava muito. Enquanto esperávamos, no lugar combinado, resolvemos jantar.
Quando estávamos jantando ela chegou, mas não nos reconheceu e foi em outro casal pensando que era eu e a Raquel. Depois foi direto para o bar do caldo de cana e quase caiu ao tentar sentar em uma cadeira que estava quebrada (rimos muito). Então, olhou para onde estávamos, ao ver nossos risos, nos reconheceu e foi para a nossa mesa. Tomamos caldo de cana juntos e fomos embora de carro. Na casa da Laura conversamos um pouco e fomos fazer compras no supermercado para o café da manhã do dia seguinte.
19/01/2008 – Sábado
– Acordamos e fomos conhecer os bairros de Boa Vista e Santo Antônio, mas como estava tudo muito pacato, tudo fechado, resolvemos ir para o Recife antigo e a situação era a mesma. Então acabamos indo para a praia de Boa Viagem, onde almoçamos no supermercado Extra. Em Boa Viagem ficamos até o entardecer. Impressionante como na praia tinha várias placas avisando sobre o perigo de tubarão.
Voltamos para casa, tomamos banho e nos arrumamos para sair. Tínhamos combinado de sair com a Laura. Enquanto ela não chegava, utilizamos o computador para pesquisar passagens aéreas baratas para retornar pra casa. Encontramos para o dia 22 e 24, uma vaga para cada data. A Raquel decidiu que era melhor não ir para João Pessoa, nosso destino final e encerrar a viagem na data que achamos as passagens. Afinal, a viagem de ônibus de volta pra casa seria muito longa e cansativa, pois não poderíamos pagar as passagens de avião que não fossem da promoção (era o mesmo preço da passagem de ônibus). Tentamos comprar as passagens pela Internet, mas quando colocávamos para duas pessoas (no mesmo dia), o valor dobrava para cada passageiro.
Tentamos ligar para a Ocean Air (nome da companhia aérea na época), mas não conseguimos falar, tentamos durante umas duas horas. Decidimos não sair com a Laura, pois estávamos cansados e quando amanhecesse iríamos direto ao aeroporto.
20/01/2008 – domingo
Partimos para o aeroporto de Recife e compramos as passagens em voos separados. Decidimos isso rapidamente, sendo que não tinha passagem promocional pra nós dois no mesmo vôo, o preço de quase R$300 passava a ser R$600 pra cada. Então, Raquel iria dia 22/01 e eu no dia 24/01.
Saímos do aeroporto de Recife e fomos para Olinda, apesar de não estar nos nossos planos de domingo. A Raquel queria aproveitar pra conhecer lá, já que ia embora na terça-feira. Saímos do aeroporto, pegamos um ônibus e descemos próximo ao supermercado Extra (no bairro Boa Viagem), onde almoçamos. Depois pegamos outro ônibus pra Olinda, estava lotado, todo mundo indo para o pré-Carnaval (onde já havia iniciado os tradicionais blocos da cidade). Passado algum tempo, observamos uma grande evasão do ônibus e o trocador gritando: quem quer ir pra Olinda, descer aqui!! Descemos e acompanhamos o bando, o lugar que descemos era bem feio, numa rotatória, a avenida se chamava PE-15 e estava em reforma.
Já na pare histórica de Olinda, acompanhamos alguns blocos que estavam tocando (puta massa, achei du caralho). Ficamos lá a tarde toda, na hora de voltar ficamos um pouco perdidos, mas logo achamos o caminho de volta e embarcamos no ônibus para o bairro onde estávamos. Descemos e fomos ao supermercado fazer compras para levar para Porto de Galinhas, cidade que iríamos no dia seguinte. Já em casa, tomamos banho e ficamos tomando vodka com a Laura. Conversamos um bom tempo e depois fomos dormir.
21/01/2008 – segunda-feira
– Tomamos um ônibus para aeroporto de recife, onde passa o ônibus que vai para Porto de Galinhas. Passamos o dia na linda cidade, com praias maravilhosas. Compramos algumas lembrancinhas, além, é claro, de nos banharmos bastante no mar. Voltamos para o bairro da nossa CouchSurfing, jantamos em um restaurante, fizemos compras no supermercado e fomos para a casa da Laura. Raquel arrumou a sua mala e dormimos.
22/01/2008 – terça-feira
– Acordamos um pouco mais tarde, depois fizemos macarrão e fomos para o aeroporto. Após o embarque da Raquel, fui para Boa Viagem, almocei e fiquei um bom tempo por lá, andando pela orla. Voltei, passei no supermercado e comprei uma plantinha pra dar de presente à Lauar e um suco de graviola (que ia levar pra Raquel). De noite, eu e Raquel nos falamos por telefone, ela me disse que sua conexão de Brasília para Belo Horizonte atrasou e o voo foi cancelado, disseram que a tripulação já tinha alcançado a carga horária máxima de voo, após muita confusão a Ocean Air colocou-a em um hotel super bacana para no dia seguinte partir cedo em outro voo.
23/01/2008 – quarta-feira
Sozinho, fui conhecer a região central pela manhã, de tarde almocei e fui novamente para Olinda. Andando por lá, conheci um suíço que estava viajando sozinho, conversamos em espanhol durante um bom tempo, nos despedimos. Passeei mais um pouco por Olinda e voltei para casa. Falei com a Raquel pela internet, conversei com a Laura, me despedi já que não ia vê-la no dia seguinte.
24/01/2008 – Quinta-feira
– Acordei, arrumei minhas coisas, fiz um macarrão e fui para o aeroporto de Recife. O voo até Brasília, onde tinha uma conexão, ocorreu tudo bem; mas lá houve atraso do voo para Belo Horizonte e fiquei aguardando por mais de 4 horas. Ah, comprei um cartão postal de Brasília que a Laura havia me pedido. Depois de mais de 6 horas do horário previsto para chegar em BH, cheguei ao Aeroporto de Confins. A Raquel estava me esperando e já tinham até anunciado que o voo chegou, mas demorou uma hora a mais para pousar. E assim terminou nossos 27 dias de viagem pelo nordeste.
Rodrigo Nominato
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