“Pegamos tanto barro, mas tanto barro agora a noite, que o alarme parou de funcionar, o som dele agora sai baixinho, a ventoinha (aquele ventilador do radiador?) entro tanto barro que quando ela aciona para resfriar o motor, o carro parece uma britadeira; o peito de aço amassou e andando fazia um barulho de motoserra. Como um bom autoditada, parei em um posto, pedi que levantassem o carro e solucionei o problema da motoserra e penso que saberei solucionar a britadeira e o som do alarme… É, chegamos em grande estilo para o FATU – Festival Brasileiro de Filmes de Aventura. Esse foi só o pedaço entre Cunha e Paraty/RJ, da nossa vinda de BH.”

Foi assim que no dia 10 do mês passado chegamos em Paraty, passando pela estrada de Cunha/SP. O texto acima publiquei no Facebook do Aventure-se quando cheguei, feliz de ter chegado bem, após uma chuva intensa e praticamente sem enxergar nada na estrada. Pois é, a estrada bota medo e há quem desista dela logo no início, veja aqui.

Talvez se eu tivesse lido o texto abaixo do site Paraty.com.br eu poderia até não ter ido pela estrada de Cunha. Mas bom que não li, peguei a estrada com um carro popular 1.0 de noite sem nunca ter passado na estrada e pra piorar chovendo e com neblina…

” Se você possui Jeep ou veículo 4×4 e muito espírito de aventura pode até optar por este caminho, mas é bom saber que se ocorrer um problema na estrada vai ter dificuldade em receber socorro.” Leia o texto do site Paraty.com.br aqui.

Bom, não é tão bicho de 7 cabeças. Acho que aumentam muito sobre as condições da estrada, se passar por ela de dia, sem chuva e com muita calma, qualquer carro passa. Mas devido o horário e a chuva intensa, tive uma das noites mais emocionantes do meu ano. Quanta lama, quanta neblina! Mas sugiro que não a pegue à noite, pois se torna bem perigosa, a serração é grande por estar no alto de uma serra e a visibilidade é zero!

Foi uma noite e tanta, era praticamente um rally. Aliás, precisamente há um ano atrás fui convidado para participar de um rally amador: Rally Fiat Adventour.

Como chegar em Paraty

→ Do Rio de Janeiro: o acesso é pela Rodovia Rio-Santos (BR- 101).

→ De São Paulo; vá até São José dos Campos pela rodovia Presidente Dutra (BR-116). Depois o acesso até Caraguatatuba se dá pela rodovia dos Tamoios (SP-099), seguindo até Paraty pela BR-101. De São Paulo também é possível pegar a Rodovia Anchieta (SP-150) ou Imigrantes (SP-160), chegando até Cubatão, Guarujá, Bertioga e depois pela BR-101 até Paraty.

→ De Belo Horizonte, o caminho mais curto é passando por Cunha. Siga pelas rodovias a seguir: Rodovia Fernão Dias, BR-267, BR-354, MG-158, Rodovia Dr. Avelino Júnior, Rodovia Presidente Dutra, Rodovia Paulo Virgínio, Rodovia Vice Pref. Salvador Pacetti até a RJ-165 que deixa em Paraty.
Se preferir evitar grandes emoções (em Cunha) vá a BR 040 sentindo Rio de Janeiro até Barra Mansa, de lá pegue sentido Paraty, é muito bem sinalizado, fiz este caminho na volta para BH. Ainda há opção de ir de ônibus, que leva até Angra dos Reis. A viação Util (www.util.com.br) faz Belo Horizonte/Angra do Reis. De Angra dos Reis basta pegar uma lotação para Paraty. O tempo médio de viagem de Angra a Paraty é uma hora e meia, os ônibus saem à partir das 4h40 até as 22h30.

Bom, a obra da estrada de Cunha/Paraty está a todo vapor. Inclusive, há um informativo distribuído nos centros de informações turísticas de Paraty. A previsão é para o fim de 2014, veremos!

Rodrigo Nominato

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