Parque Estadual do Jalapão – Eco Turismo

Por Filipe Gonzaga e Karen Gonzaga
Este texto é sobre o passeio que fizemos, eu, minha esposa e mais um casal de amigos,  na região conhecida por “Jalapão” próximo a Palmas/TO, um dos lugares mais belos que já conhecemos. O local recebe esse nome por causa de uma raiz de nome “Jalapa”, que é utilizada como vermífugo natural pelos moradores da região.
Foram três dias de passeio onde conhecemos lugares incríveis em uma jornada de aproximadamente 900 km incluindo estrada de chão e asfalto. Procuramos uma empresa especializada, Aventura Eco, e o Higor foi o nosso guia durante todo o trajeto, pessoa muito agradável e que conhece bem a região. Normalmente não utilizamos “guias” e pacotes prontos em nossas viagens, mas neste caso não recomendamos pela falta de infraestrutura e informações em todo o trecho, que em sua maioria não tem sinal de celular e simplesmente ninguém para pedir socorro!
Fizemos o passeio do pacote Parque Estadual do Jalapão 3 dias e 2 noites e os detalhes podem ser conferidos no link indicado acima.
31/11/13 – Chegamos em Palmas / TO na casa do Guia Higor da empresa Aventura Ecoonde guardamos os carros e seguimos em sentido Ponte Alta onde passamos a noite em um hotel modesto. Neste dia faltou luz no hotel e quando chegamos havia pouco tempo que a luz havia voltado. Nos planos do guia iriamos jantar neste hotel, mas devido a esse contratempo fomos procurar outro lugar na cidade para jantarmos.
1/11/13 – Tomamos café da manhã no hotel e saímos de Ponte Alta às 8h da manhã com destino ao Parque do Jalapão e a primeira atração turística que conhecemos foi o Canyon do Sussuapara.
Canyon jalapao
Canyon do Sussuapara – Após uma pequena trilha nos deparamos com um buraco, como se fosse uma fenda em meio a um paredão de rochas onde para descer é necessário utilizar as mãos de tão íngreme! Cerca de 20 metros de altura, e lá em baixo um riacho raso de água cristalina que vai escorrendo em meio as pedras… Neste trecho não é possível se banhar pois a água é rasa. 
Cachoeira da Velha –   Depois de +- 1h de viagem desde o Sussuapara, chegamos até a Cachoeira da Velha. Outro Lugar maravilhoso! São aproximadamente 15 metros de queda d’água com uma pressão enorme, que parece sair fumaça da água de tanta força! 
rio no jalapao
Seguimos pela trilha Rio Novo (+- 1KM de trilha) a pé até chegar na prainha, enquanto o Higor (Guia Aventura Eco) seguiu de carro.
Prainha – Chegamos à prainha e nosso guia já havia preparado uma mesa de lanche, pois já estava na hora do almoço. Ficamos lá cerca de 2 horas curtindo o sol e a água fresca na companhia de vários peixinhos. Seguimos para curtir o pôr do sol nas Dunas.
rio no tocantins
Dunas – Neste lugar tivemos a impressão de estar em um cenário de novela ou cinema. Era muito perfeito! Tão perfeito que parecia artificial! Talvez se não tivéssemos visto não acreditaríamos em tamanha perfeição da natureza. A areia tinha um tom alaranjado que nenhuma escala de cores é capaz de reproduzir. Infelizmente estava nublado e não conseguimos ver o pôr do sol, mas o que vimos não ficou devendo em nada no quesito “beleza”.  A areia era fofa e em volta das dunas uma rica e variada vegetação formada sobre a areia. Impressionante!
areia do jalapao
De cima das Dunas, assim como na maioria do tempo em que estivemos no parque do Jalapão, é possível apreciar a paisagem da Serra do Espírito Santo, que é o cartão-postal do Jalapão. Essa serra tem aproximadamente 22 KM de comprimento e em sua formação existem rochas que foram moldadas pelo vento. O cerrado é a vegetação predominante.
serra jalapao jalapao dunas
Após esse divertimento nas Dunas, fomos para o hotel na cidade de Mateiros, nos hospedamos e fomos jantar em um lugar especial, um restaurante improvisado no quintal da residência de um casal muito simpático. Comida caseira e deliciosa, e ainda de sobremesa nos foi servido um doce de cajuí (uma frutinha que assemelha ao Caju, na aparência e no sabor).
Após o jantar delicioso, retornamos ao hotel para recarregarmos as baterias para o dia seguinte!
02/11/13 – Café da manhã no hotel e Saída às 8h.
Primeira atração: Fervedouro – é um lugar no meio da vegetação fechada, com uma nascente de água cristalina, de formato arredondado e cercado por bananeiras.  A areia é branca, e abaixo dessa areia vem uma pressão que solta bolhas de ar, onde mesmo se quiser não se consegue afundar. É como se fosse um buraco no meio da areia, que não dá pé. O fenômeno natural é chamado de ressurgência.
Fervedouro tocantins
Saímos do Fervedouro e fomos conhecer a Comunidade Mutuca, dos Quilombolas, onde nasceu o artesanato do famoso (e caríssimo! – mulheres entenderão) Capim Dourado. Aqui é o lugar das compras! Encontramos desde bijoterias até artigos para a casa, tudo feito delicadamente do Capim Dourado, mas aqui os preços são justos.
povoado no jalapao
Depois das compras seguimos para a Cachoeira da Formiga.
Cachoeira da Formiga – Queda d’água maravilhosa, correnteza, águas cristalinas e areia branquinha é a definição desse lugar! Logo que chegamos nosso guia novamente estendeu a mesa de lanches, e por lá ficamos por umas 3 horas, apreciando a natureza e curtindo as águas da cachoeira e o sol forte. O Guia também disponibilizou óculos de mergulho, o que nos ajudou a enxergar a natureza excepcional por baixo da água. Vários peixes, pedras e algas imersos naquele paraíso.
cachoeira no jalapao
Fervedouro dos Buritis – outro fervedouro que fomos conhecer, também muito bonito.
Aqui porém, conhecemos outro fenômeno natural – um mosquito enorme chamado “mutuca” – que não era assim tão agradável além de ser muito barulhento. Esse mosquito adora pousar em nossas cabeças e picar nossa testa, descobrimos que é porque estamos com a pele molhada.
Outro incômodo do Jalapão atende pelo nome de “porvinha”. Este é bem pequeno, do tamanho da cabeça de um alfinete, e é bem pretinho. Sua picada fica coçando uma semana! Quem já foi até as praias de Ilha Bela em São Paulo deve conhecer o “borrachudo” que eu posso dizer que é primo de primeiro grau do “porvinha” (se não for irmão).
Mas falando sério, fazer um Eco Turismo em um lugar praticamente intocado pelo homem e não levar uma picada de inseto é praticamente impossível!
piscinas naturais jalapao tocantins
Depois do Fervedouro dos Buritis, retornamos à cidade de Mateiros, fomos para o hotel tomar banho e nos preparar para o jantar, que foi no mesmo lugar da noite anterior. Igualmente delicioso!
03/11/13 – Café da manhã no hotel e saída (com as malas) às 8h
Prainha do Alecrim –  Chegamos na prainha, um lugar novamente de água cristalina com muita vegetação ao redor. Novamente pudemos usar os óculos de mergulho e enxergar a natureza por baixo das águas. Ficamos por volta de 2 horas e seguimos em direção à cidade São Félix para almoçar, que já estava no nosso caminho de volta para Palmas.
prainha jalapao
Após o almoço, continuamos nossa viagem de volta para Palmas e passamos por alguns pontos que paramos apenas para fotografar. Durante o caminho fomos nos despedindo do Jalapão e relembrando os lugares maravilhosos que conhecemos. Chegamos em Palmas por volta de 17 horas.
imagem do jalapao visao do jalapao trilha jalapao
Nesses três dias de passeio tivemos a oportunidade de vivenciar a experiência incrível do contato com a natureza praticamente intocada pelo homem. Como vivemos nos grandes centros urbanos, acabamos nos esquecendo do que é natureza de verdade, na sua essência. O passeio no Parque do Jalapão nos fez repensar no que significa natureza e qualidade de vida, e ainda recarregar as baterias da alma para retornar ao cotidiano. Passeio mais do que recomendado!
Empresa que contratamos: Aventura Eco
Site
www.aventuraeco.com.br
Contato: Higor – (63) 8401-5373 / (63) 3215-6320
E-mail: aventuraeco1@gmail.com
Por Filipe Gonzaga e Karen Gonzaga – Enviado  para  o “Participe!
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6 respostas para Parque Estadual do Jalapão – Eco Turismo

  1. Maria de Fátima Carrer Ramalho disse:

    Já estive no Jalapão por duas vezes. A primeira vez fiquei hospedada em um Hotel que estava sendo inaugurado e lá estava uma equipe de cineastas para as gravações do filme, “Deus é brasileiro”. Hotel excelente, restaurante, piscina e guias, mas parece que não funcionou por muito tempo… Na segunda vez, fui com um grupo de estudantes e com uma equipe de profissionais de Ponte Alta,como, guias, cozinheiro, etc e fomos acampando por vários dias e lugares. Todos os dias vinha uma pessoa de Ponte Alta para saber como estávamos. Foi uma experiência inesquecível!!! Fantástica!!!

    • Karen disse:

      Olá Maria! Obrigada pelo seu comentário!
      Também conhecemos um ponto onde foi gravado um trecho do filme.
      Realmente as pessoas são bem receptivas e preocupadas em agradar os turistas.
      O lugar é Fantástico mesmo!

      Abraços,
      Karen e Filipe

  2. Cleiton Cintra disse:

    Nossa, bem legal, quero conhecer este lugar !!!! Parabéns pelas fotos !!

    • Karen disse:

      Olá Cleiton! Obrigada pelo seu comentário!
      Vale muito a pena conhecer esse lugar e é realmente maravilhoso. Que bom que gostou das fotos, mas nada se compara a conhecer pessoalmente.

      Abraços,

      Karen e Filipe

  3. Carol disse:

    Bacana o relato de vocês, Filipe e Karen!
    Porém, em relação a hospedagem, fiquei em dúvida sobre em qual município é melhor se hospedar, Mateiros ou Ponte Alta. Vocês chegaram a olhar hospedagem em Mateiros? Porque pelo que vi esse fica município fica mais próximo ao Parque.

    • Karen disse:

      Olá Carol! Obrigada pelo seu comentário!
      Com relação à hospedagem, passamos apenas a primeira noite em Ponte Alta e de lá seguimos viagem para o parque. Nas outras duas noites nos hospedamos em Mateiros que realmente é mais próximo do parque. Os dois municípios são bem pequenos, mas em Mateiros tem mais opção.
      Fizemos dessa forma porque a empresa que contratamos (AVENTURA ECO) já havia feito toda a programação, reservas, etc, mas se vc for por sua conta, acredito que será melhor se hospedar somente em Mateiros.
      Espero ter esclarecido!

      Abraços,
      Karen e Filipe

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